sexta-feira, 19 de junho de 2009

081 - " OS ETERNOS MOMENTOS DE POETAS E PENSADORES DA LINGUA PORTUGUESA "

MÁRIO DIONÍSIO
Nasceu a 16 de agosto de 1916, signo de leão,
Lisboa, Portugal.
Doutorou-se em Filologia Rômanica, Faculdade
de Letras Universidade Clássica de Lisboa,
onde também lecionou.
Colaborou em diversos jornais . "Presença"e
"Revista de Portugal. Prémio do "Centro Português
da Associação Internacional de Críticos Literários"
Como pintor usou pseudónimos "Leandro Gil"
e "José Alfredo Chaves".
Estilo Neo-Clássico
Faleceu em 17 de Novembro de 1993, Lisboa, Portugal.
*
CANTOePALAVRAS
As Solicitações e Emboscadas, 1950;
Riso Dissonante, 1950;
Memórias de um Pintor Desconhecido, 1965;
Terceira Idade, 1982 . . .
*
I
De longe os gritos e os cantos tudo se mistura
és um corpo sadio
unido como nenhum
Mas de perto bem de perto és apenas o drama
hoje o chegado inútil drama
do um mais um mais um mais um.
-
ruas rebrilham no asfalto sombrio
guinchos de "jazz" eletrizam cabarés iluminados
E as chaminés-poetas atiram para o ar em metáfora de fumo
contra o escuro e o frio
os pulmões aos bocados.
-
Homens atrás de homens de faca na algibeira
Homens atrás de homens em filas silenciosas
Virgem Passas hoje com um ramo de rosas
divorciada três vezes e inteira.
*
Cidade deserta
tão cheia de gente
a tantos aberta
a tantos ausente
-
Dei o coração
não me fiz rogado
Encontrei na mão
um vidro pintado
-
Cidade deserta
tão cheia de gente
a mascára aberta
o coração ausente.
*
MÁRIO DIONÍSIO
"Cidade"

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